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Árvores Modeladas pelo Vento

março 4, 2011

Tenho andado cedo pelo aterro da Flamengo depois que terminei a pós na Puc. Primeiro pra desligar da concentração excessiva dos últimos 2 anos, mas também pra dar tratos a forma. Andar é como meditar, sempre penso (me inspiro) melhor depois de longas caminhadas.

Aproveito pra fotografar certas belezas da paisagem pra incluir nas próximas produções. Elas podem estar no céu, na terra, mas de certo se traduzem pelo enlace entre a realidade e a minha imaginação.

Duas coisas me chamaram a atenção. Uma flor robusta e rica, tem pétalas exteriores e um interior mais plástico e forte, de onde saem uns ‘cílios’ entre o branco e o rosa. É linda sem ser óbvia como um clássico, pelo contrário, é bem diferente do que se espera de uma flor, mas ainda assim linda. Pra maioria das pessoas o clássico é insuperável. Compreensível para quem se apega a estética de modelos exemplares. Mas há quem pense diferente. É o meu caso, e diferente do que muitos pensam por aí também tenho os meus modelos exemplares, mas estes não se encontram ‘apenas’ lá fora, estão sempre aqui dentro, no fundo do coração. São sempre enlaces entre planos interiores e exteriores.

Um clássico é o auge, o apogeu. É o ponto final ou máximo de uma evolução. É difícil caminhar em paralelo a cultura do clássico. O entorno, a sociedade baseada na ideia de apogeu, só entende a noção de finalidade própria aos clássicos caminhos. Eis a semente de uma sociedade progressista. Para esta não existem descaminhos, dúvidas, erros, simplesmente por que seguem um caminho por outros caminhados. Desta maneira não se pode enxergar sentido em quem segue um percurso próprio que não se pode explicar. Um caminho aparentemente indefinido, sem mapa ou guia. O percurso próprio leva a um ‘sobe e desce’  que me parece sempre mais interessante do que aquilo que ‘chega no ponto previsto’. É isso que penso, caracteriza esta flor. Ela não é um clássico, belíssimo e incontornável. Ela é a complexidade de um percurso com todas as suas possibilidades e ramificações. Ela é o mistério e a coragem de quem nele mergulha em busca de si-próprio. É a busca, jamais o produto final. Portanto incompreensível perante a ilusão de certeza e segurança a que se propõe uma sociedade programada. Meio rude, de fibra invejável e selvagem, ainda que suave, esta flor é menos resistente do que um clássico. Este é o grande diferencial. Toda semente de um novo mundo precisa romper-se um dia – morrer pra vir a ser.

Outra coisa que sempre me chamou a atenção e agora não é diferente, são as árvores baixas e retorcidas pelo vento. Elas formam labirintos no entrecruzamento de suas ramificações. Um deleite para olhares mais atentos. A ‘paisagem externa’ é em boa parte aquilo que me trouxe ao espaço. Mas acima de tudo, vim pelo cuidado em buscar o equilíbrio psíquico. Interior e exterior, embora convenções da realidade que abraçamos socialmente, é na ‘realidade das realidades’, uma mesma coisa. O equilíbrio psíquico é totalmente dependente da integração entre consciente e inconsciente.

Árvores retorcidas pelo vento parecem um louvor ao absurdo. Aquilo que deveria subir é contido e por isso curva-se, cresce por horizontais e verticais mínimas.

Não importa o quão dura seja a matéria, a Vontade persistente vence a mais dura das resistências por que desconstrói tensões.

Não importa o quão dura seja a realidade, um sonho alimentado pode durar uma vida, mas um dia torna-se matéria.

Viva as flores rudes, fibrosas e selvagens cujo o destino é desabrochar novos caminhos. Viva o acasalamento das árvores e do vento.

A volatibilidade da matéria é a chave da equação existencial. A chave do equilíbrio das Energias.

O Artista está Presente – Marina Abramovic

dezembro 3, 2010

As pessoas sentam diante dela como se estivessem diante de uma divindade. E num certo sentido quem pode dizer que não seja de fato? Mas em outro sentido.., ninguém ousa mexer na cena, ninguém ousa lhe dirigir a palavra. Seria interessante um ato diferenciado.’The artist is present’ é uma Performance provocadora e linda por que singela. Parece revelar a distância com a qual vemos o artista, a arte. Inacessível como a maior parte de nós torna-se à si mesmo.

Muita vontade de tirar a mesa do centro, aproximar um pouco a cadeira e conversar.

Ebó-do-Bem-Cultural

novembro 26, 2010

A Secretaria de Estado de Cultura (RJ), baseada na Economia Criativa, planeja empreendimentos recentemente noticiados para o Porto. São eles: o Museu do Amanhã e o Museu do Rio (MAR). Muito interessante!! Aqui vai o meu ebó-do-bem, pra coisa toda render, render e render… Precisamos crescer e ganhar novos: campos, espaços e artistas..

Faço votos que o Museu de Arte do Rio subverta a categoria dos ‘Museus’ e galerias, e exponha algo de realmente novo. Seria interessante começar mudando o sistema fechado de escolha de projetos. Talvez distribuindo este ‘Poder’ para quem frequenta os espaços. Pôxa ideia nova não falta pra artista de verdade, é só chamar os caras pra conversar. Mas que façam disso um ‘puta’ , um enorme parlamento, onde caiba todo artista empreendedor, independente de tendência, simpatia, afinidade, orientação religiosa, time de futebol e cor do esmalte.. De ‘coisa fechada’,  basta o velho sistema das ‘panelas’.

E chega de prêmio pra artista! Quando um prêmio chega às mãos de um, sendo que outros possuem tanto valor quanto, muitas vezes até mais, é no mínimo-do-mínimo, um prêmio questionável. Deixa o prêmio aos programas de auditório e vamos nos concentrar em distribuir espaços de verdade! Precisamos de uma filosofia de incentivo diferente do que andam apresentando com essa verba deixada pelo Governo.  A Secretaria está indo bem, o Rio Criativos das incubadoras é uma iniciativa muita legal! Mas quando se fala em mexer na cultura, tenho escutado demais, “ah vamos falar com este ou aquele…” medalhão!!!!!!!!!!!! Pôxa! Que história é essa de querer mudar apontando sempre pra trás? Ou…… apenas para trás! Acho do fundo do coração, que precisamos ouvir e conhecer outros valores! E com os ‘das antigas’ – reunidos – PLURALIZAR os espaços. Mas vamos ampliar essa rodinha aí que tá pequenininha demais.

Transparência acima de tudo. Chega de mesmice. Ao museu do Rio desejo, +Sangue-Novo!

Empreendendo Arte

novembro 10, 2010

Em primeiro lugar achei incrível o que ocorreu no último ano em termos de quantidade de incentivos na área cultural. Porém 2 coisas a considerar: os Programas da Funarte são baseados no modelo de premiação. Você entrega o seu proj e torce pra cair nas graças dos critérios dos jurados. O projeto inscrito não recebe o prêmio em questão. O mesmo projeto é enviado à organismos exteriores e por estes subvencionados. Claro, cada um tem seu critério.. Mas não seria interessante começar a se discutir este modelo de prêmio e talvez considerar que, projetos bons são projetos que realizam sonhos e inspiram outros mais? E por fim, que isso vai muiiiito além da ideia de que o artista é artigo raro, o qual merece ser premiado, enquanto ao resto cabe buscar certa  genialidade pra sobreviver num sistema como tal?

Uma discussão sobre a natureza e condição do artista seria interessante, para que pudessemos humanizá-lo, e assim aproximá-lo da sociedade. O que em curto prazo, creio, significaria aproximar a sociedade do viéis artístico que habita cada um de nós, suas unidades adormecidas. Por que artista é o ser humano, ciente de suas propriedades.

Completando o raciocínio. O movimento aqui é de ebulição cultural rumo a maioridade empreendedora. Isso sim é oportunidade! Se bem alicersada numa filosofia, não de adequação ao sistema, mas ao contrário,  o sistema adequando-se as realidades pessoais – sendo assim verdadeiros parceiros na construção das mesmas. O que poderia-se dizer de um sistema como esse que torna possível e dignifica a nossa humanidade?

A amplitude de conhecimentos é bemvinda. Mas passar a vida literalmente dividido entre empreender e desenvolver projetos é muiiito desgastante. Pra quem começa é ‘o’ caminho pra entender o próprio negócio, mas eu falo de quem já está há mais de  década na estrada.

O que me parece realmente diferenciado é observar o surgimento de produtoras culturais para a gestão, enquadramento e captação de recursos. O artista precisa destes parceiros pra poder se dedicar com qualidade aos seus projetos. Naturalmente isso não quer dizer que vai ignorar os tramites, bom já deixei claro acima. O que digo é que as parcerias são o ‘x’ da questão que nos permite avançar com qualidade e ciência, da onde estamos e podemos chegar.

A Questão da Arte no Discurso dos Homens

outubro 24, 2010

Discurso de homens! Gerald Thomas entrevistando Michel Melamed(esta é a 5a parte de 6, o resto está no youtube). Michel é aquele tipo de figura genial fofa e vocacionadíssima pela linguagem-flash das novas mídias em versão conteúdo de tirar o fôlego, que, comendo pelas beiradas, vai se inserido. E com ele as nossas esperanças.. (o contemporâneo que transmuta seu espaço).

Gerald é o gênio detonador(tem o espírito destruidor dos revolucionários modernos). Adorei o seu, The Flash and Crash Days. No vídeo acima, ele questiona os valores milionários atribuídos a certos artistas. O Michel contemporaniza, diz que olha para o que lhe interessa, concordo com sua  ‘política espiritual’. Mas o fato é que os espaços são reduzidos e as escolhas, em boa parte, são de interesses no mínimo amplamente questionáveis, enquanto artistas realmente CRIADORES, ficam de fora. É mais do que fato, é ranço! Na política e cultura o que mais se vê é apadrinhamento, ou digamos em outros termos, ações entre amigos. Todo mundo tem o seu grupo de afins, mas quando o negócio envolve verba e interesse público, nem nomeações deveriam ser permitidas.

Voltando a questão para os espaços artísticos, então sobra espaço pra quem¿ Só para os gênios dos gênios, o que não deveria interessar à uma sociedade que se diz inclusiva. Afinal, o que fazer com o resto dos artistas¿ Manda pro BBB ou dá um emprego no banco, ou seja, fuzila e depois pergunta: faz o que pra sobreviver¿ Cospe no cadáver e lava as mãos.

Só um parênteses no Gerald. O Duchamp não me parece ter detonado a arte pela arte, mas a arte pelo mercado que se produziu entorno dela. Logo, se o mercado destrói a arte, ele como campeão de xadrez que tb era, estrategicamente subverteu o sistema, produzindo uma arte que colocou em cheque os parâmetros do próprio sistema. Isso sim é uma puta-deusa-e- abençoada jogada de mestre, Arte!

Gerald e Michel, ambos atualíssimos deveriam ter espaços de valor no cotidiano brasileiro, com tanto formador de opinião inútil propagando uma cultura de mesma qualidade é sacanagem o Gerald não ter seu lugar cativo entre nós.

Mas é isso,  a nossa pátria continental ainda não foi devidamente pluralizada, divisão de renda é artigo sensacional, tipo Bolsa Família, o cachê da miséria nacionalmente instituída vale uma reeleição.. Êee nós, povinho sem pai nem mãe.

O meu voto é nulo.

Funarte Lança 34 Editais para Premiar 1000 Artistas

maio 12, 2010

Acabo de receber o email com a informação. Bom proveito!
http://www.funarte.gov.br/portal

R$ 56 milhões para as artes em 34 editais com inscrições até 30 de setembro

Funarte lança 34 editais para premiar mil artistas
Com o maior orçamento dos últimos 20 anos definido pelo Ministério da Cultura, a Funarte acaba de lançar 34 editais de fomento às áreas de teatro, dança, circo, artes visuais, fotografia, música, literatura, cultura popular e arte digital. Serão concedidos mil prêmios e bolsas de até R$ 260 mil, para projetos de produção, formação de público, pesquisa, residências artísticas, apoio a festivais e produção crítica sobre arte.

Com investimento total de R$ 56,8 milhões, a Funarte e o Ministério da Cultura acabam de lançar 34 editais de fomento às áreas de teatro, dança, circo, artes visuais, fotografia, música, literatura, cultura popular e arte digital. Serão concedidos mil prêmios e bolsas de até R$ 260 mil, para projetos de produção, formação de público, pesquisa, residências artísticas, apoio a festivais e produção crítica sobre arte.

Foram lançadas as novas edições dos prêmios Myriam Muniz (teatro), Klauss Vianna (dança) e Carequinha (circo) e da Rede Nacional Artes Visuais – que estão entre as principais políticas públicas para as artes no Brasil. O apoio à literatura, à criação em música erudita e à circulação de música popular também está mantido. Além disso, muitas inovações garantem espaço para novos formatos e novas interações estéticas no país.

Pela primeira vez, a Funarte lança editais para seleção de festivais. Há também prêmios para artes cênicas na rua e o apoio a residências artísticas no Brasil e no exterior. A instituição investe na composição de música erudita, em concertos didáticos na rede pública de ensino e na gravação de CDs de música popular. Nas artes visuais, a Funarte volta a apoiar festivais e salões regionais, além de viabilizar projetos de pesquisa e reflexão crítica sobre artes contemporânea. A fotografia será tratada como categoria à parte, com o Prêmio Marc Ferrez.

ORÇAMENTO RECORDE – O orçamento da Funarte para 2010 é de R$ 101,6 milhões – sete vezes maior que o de 2003, e o maior em vinte anos de história da Fundação. Os programas foram elaborados a partir das diretrizes do Plano Nacional de Cultura, do Ministério da Cultura, com ampla participação da sociedade, por meio de diversos encontros com a diretoria colegiada da instituição e com os Colegiados Setoriais. Os projetos inscritos são analisados por comissões externas, contando sempre com representantes de todas as regiões brasileiras. As inscrições estão abertas em todo o país.

Confira os editais 2010 da Funarte/MinC que estão com inscrições abertas:

Prêmio de Produção Crítica em Música – Edital para apoio a dez trabalhos de pesquisa sobre música brasileira, com prêmios de R$ 15 mil para cada contemplado. Inscrições até 26 de maio.

Prêmio de Composição Clássica – Edital para apoio a 70 obras inéditas para a XIX Bienal de Música Brasileira Contemporânea, com prêmios de R$ 8 mil, R$ 10 mil, R$ 15 mil, R$ 20 mil e R$ 30 mil. Inscrições até 30 de setembro.

Prêmio de Concertos Didáticos – Edital para apoio a 16 projetos de concertos didáticos em escolas da rede pública, com prêmios de até R$ 20 mil para cada proposta selecionada. Inscrições até 28 de maio.

Prêmio Circuito de Música Clássica – Edital para apoio a 12 projetos de recitais de música de concerto, com prêmios de até R$ 75 mil para cada proposta selecionada. Inscrições até 27 de maio.

Prêmio Circuito de Música Popular – Edital para apoio a 12 projetos de turnês de espetáculos de música popular, com prêmios de R$ 65 mil para cada proposta selecionada. Inscrições até 26 de maio.

Prêmio de Apoio à Gravação de Música Popular – Edital para apoio a 20 projetos de gravação e difusão da música popular, com prêmios de R$ 35 mil para cada proposta selecionada. Inscrições até 26 de maio.

Prêmio de Dança Klauss Vianna – Edital para apoio a 40 projetos de atividades e espetáculos de dança, com prêmios de R$ 40 mil, R$ 60 mil, R$ 80 mil e R$ 100 mil. Inscrições até 27 de maio.

Prêmio de Teatro Myriam Muniz – Edital para apoio a 34 projetos de circulação de espetáculos, com prêmios de R$ 90 mil e R$ 150 mil, e 36 de montagem de espetáculos, com prêmios de R$ 60 mil, R$ 90 mil e R$ 120 mil. Inscrições até 26 de maio.
Prêmio Festivais de Artes Cênicas – Edital para apoio a 36 projetos de festivais de teatro, circo e dança, com prêmios de R$ 50 mil, R$ 80 mil e R$ 100 mil. Inscrições até 26 de maio.

Bolsa de Residências em Artes Cênicas – Edital para seleção de 43 propostas de residência artística para profissionais de teatro, dança ou circo, com bolsa de R$ 45 mil para cada beneficiado. Inscrições até 26 de maio.

Prêmio Artes Cênicas na Rua – Edital para apoio a 63 projetos de apresentação, registro ou preservação de atividades artísticas, com prêmios de R$ 20 mil, R$ 40 mil e R$ 50 mil. Inscrições até 26 de maio.

IBERESCENA – Fundo intergovernamental de apoio às artes cênicas. Criadores e produtores podem inscrever projetos em quatro categorias. Editais e mais informações em http://www.iberescena.org. Inscrições até 3 de setembro.

Prêmio Carequinha de Estímulo ao Circo – Edital para apoio a 103 projetos de artes circenses nas diversas regiões do país, com prêmios de R$ 15 mil, R$ 25 mil e R$ 40 mil. Inscrições até 26 de maio.

Bolsa para Formação em Artes Circenses – A Escola Nacional de Circo, situada no Rio de Janeiro, amplia seu caráter nacional ao conceder 15 bolsas de R$ 20 mil para alunos de outras áreas. Inscrições abertas até 26 de maio.

Bolsa de Produção Crítica em Culturas Populares e Tradicionais – Edital para apoio a 30 trabalhos de reflexão crítica e teórica sobre a cultura brasileira, com bolsas de R$ 30 mil. Inscrições até 27 de maio.

Rede Nacional Artes Visuais – Edital para apoio a 40 projetos de fomento às artes visuais, com prêmios de R$ 20 mil e R$ 30 mil. Inscrições até 24 de maio.

Bolsa de Estímulo à Criação Artística em Artes Visuais – Edital para apoio a dez trabalhos de criação e de pesquisa em artes visuais, com bolsas de R$ 30 mil. Inscrições até 27 de maio.

Bolsa de Estímulo à Produção Crítica em Artes Visuais – Edital para apoio a dez projetos de produção crítica em artes visuais, com bolsas de R$ 30 mil. Inscrições até 24 de maio.

Apoio a Festivais de Fotografia, Performances e Salões Regionais de Artes Visuais – Edital para apoio à realização de festivais de fotografia e/ou performances e de salões regionais, com prêmios de R$ 95 mil e R$ 260 mil. Inscrições até 24 de maio.

Prêmio Marc Ferrez de Fotografia – Edital de apoio a 36 projetos de no campo da fotografia, com prêmios de R$ 10 mil e R$ 40 mil. Inscrições até 24 de maio.

Conexão Artes Visuais – Edital de apoio a 30 projetos de festivais, salões de arte, mostras, palestras, seminários, debates, oficinas, mapeamentos, publicações e exposições, com prêmios de R$ 55 mil. Inscrições até 8 de maio. Patrocínio: Petrobras.

Bolsa de Criação Literária – Edital para apoio a 60 trabalhos de produção de textos literários, nos gêneros lírico ou narrativo, com bolsas de R$ 30 mil. Inscrições até 27 de maio.

Bolsa de Circulação Literária – Edital para apoio a 50 projetos de atividades de promoção e difusão da literatura, em municípios do Programa Territórios da Cidadania, com bolsas de R$ 40 mil. Inscrições até 27 de maio.

Bolsa de Reflexão Crítica e Produção Cultural para Internet – 60 pesquisadores receberão R$ 30 mil para desenvolver textos críticos sobre arte em mídia digital, ou produzir conteúdo digital para a web.

Prêmio de Arte Contemporânea – Edital para apoio a 15 projetos de artes visuais para exposição nos espaços culturais da Funarte/MinC no Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília e Belo Horizonte, com prêmios de R$ 40 mil, R$ 50 mil e R$ 80 mil. Inscrições até 27 de maio.

Além de editais para a ocupação de galerias e outros espaços expositivos, foram lançadas 11 seleções públicas para projetos de música e de artes cênicas a serem desenvolvidos em salas de espetáculos e teatros no Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília.

Oficina Eva Além Paraíso

maio 3, 2010


Informações no Cartaz em pdf

Revoluções Interiores & Mixtério

novembro 24, 2009

Infelizmente ou não (como diria Caetano..), nasci Não Linear. Por isso ando penando por não seguir esta não-lineariedade depois de anos abusando da mesma.. Algumas vezes na vida é necessário dar um passo pra trás para poder seguir adiante. Mas é duro! Quando se tem a pintura madura e o fruto caindo por terra.. É duro não poder escrever quando se precisa materializar a ideia-pensamento, é muito duro não brincar com meus hqs experimentais e finalizar a trilogia em webvideo: Internet tem Alma. Faltou editar o último: Qual o Espírito da Internet?. A produção e captura das imagens já data do início do ano. Foi o único que não se definiu em edição logo após sua captura. Ele é pleno em possibilidades, um resumo catatônico dos 2 primeiros vídeos da série. Me inspirou também para um outro projeto que pretendo iniciar em janeiro de 2010 na residência artística que farei em Guadaloupe, Caribe.

Por que o lamento se não gosto de me lamentar? Por que alguma coisa está fora de ordem. E, se mais uma vez me vejo rodeando Caetano é pra que coloque enfim a poesia pra fora. Sai de mim angustia leonina! Já não me cabe mais essa aflição entre guerra e paz. Um sentimento que persiste sem nostalgia alguma que lhe permita a latência sem sentido. Seria um tropeço numa fenda do espaço? Gosto da ideia de que este sentimento mais fora de sintonia com meus pensamentos bem poderia ser, uma aberração tempo-espacial. Mas só louca – por completo (é bom frisar por que sempre tem um ‘amigo’ que vai se ater: ‘Ué? Mas você é louca mesmo, por que negar?!’) – não perceberia o quão revolucionariamente se move em avalanches o poder das águas(=emoções). E, por causa delas, estou aqui agora parando tudo, na tentativa de capturar a sintonia com o pensamento. Viva as tisunamis interiores!

Adeus homem de outrora! Consigo vai uma parte de mim  sem olhar pra trás.

E o lamento mais fora de ordem se deve ao Ser por Inteiro que, mais do que nunca, deseja dar voltas espirais. Que martírio percorrer uma linha reta, trilho, baia, fila, demarcação espacial que me contenha e formate. Identidade tem princípio? Parece que sim, resta saber se conveniente ou não. Eu me pergunto sobre a sua contundência em relação a nossa Natureza e propriedades. A função social é historicamente óbvia.  É necessário se enquadrar caso se almeje o sentido através da forma.

Conheci apenas um homem que prescindia do desejo de forma. Era doce, lindo de corpo e alma, parecia até um santo, mas ainda assim me causava certa estranheza. Através dele percebi como é contundente para o mundo em que vivemos, o sentido através da forma. E desisti de certa resistência infantil a matéria realizando o quanto a possibilidade de materialização me satisfazia. Alguma coisa lá dentro dizia baixinho: ‘Bonitinho mas ordinário!’ Eu relutava: ‘Mas é quase um santo, lindo de cima abaixo, por dentro e por fora!’ E a mesma vozinha já querendo ir, se foi enquanto completava: ‘Quase não é coisa alguma, falta-lhe humanidade…’

Uma identidade volátil como a que possuo, à la ‘mercúrius solubilis’, não se dá as interpretações. Há sempre um mistério no ar. Um mistério feito de muitas propriedades, tendências, invisibilidades e oposições latentes – um MiXtério. Mercúrio (c12) em oposição a Plutão(c6) / Sei o quanto uma identidade claramente definida é porto seguro na compreensão social, pois para esta – ainda – é de difícil compreensão tudo aquilo que se move, se transforma e não se apega ou pelo menos por isso se move. É o oposto do pensar em massa, baseado no senso comum das tradições e rotinas do cotidiano. Sol na cúspide do ascendente em oposição a Urano conjunto a Júpiter(c7).

Já derivei horrores por não me enxergar misturada no mundão social. Enfim, quando me vi lá, estava diante de coisa alguma. Cedo percebi a que grau de miserável solidão se entrega o homem inconsciente de si-próprio. Vivi esta inconsciência na relação de infância e adolescência com meus pais e depois, talvez por contágio, enxergava tudo como podia enxergar, embora sempre com incômodo, estranheza, e uma vontade de ver a própria espécie pelas costas: ‘Entidade daninha!’ Ebulições juvenis à parte, e apesar dos ‘upgrades’ de consciência, a inconsciência na sociedade ainda é enorme e naturalmente caracteriza a todos nós, independente das inúmeras diferenças conscienciais. Neste modelo de sociedade a maioria prevalece. Dizem que em terra de cego quem tem um olho é rei, concordo se a filosofia desta terra for regida, como é na nossa, pela visibilidade e sacralização da imagem. Neste caso, siiiim! O zoiúdo é rei! Mas se a filosofia desta terra for regida por outro sentido? Ou mesmo pelo acesso ao subconsciente? O zoiúdo precisaria ser expert em ‘subjetividade’, do contrário não teria chance.

A sociedade ainda é uma miragem, não condiz com as imensas propriedades de nossa humanidade.

O que há de transformador em ‘Ser’ é lidar com o outro que há em si-mesmo.

Hoje eu sei quem sou. Reconheço tanto o deus quanto o demônio que há em mim. E isso não foi, nãe é fácil, mas é preciso desenvolver. Amo a volatibilidade de antigas confusões por que o suporte social não parecia ser o ideal.. Realmente não é. Em minha – hoje reconhecida, por que compreendida – volatibilidade, vislumbro formas que assim que puder por-lhes as mãos, instantâneamente tornar-se-ão matéria da mais pura realidade, concebida no âmago de minha autêntica vulnerabilidade. Ah!!!! Quando eu puder por as mãos!

Há quem trabalhe contra a cultura e pense sinceramente que tal atitude seja revolucionária ou algo parecido. Não passa do outro lado da mesma moeda : uma sociedade baseada em poder, medo e movimentos insanos em massa. Eu prefiro o movimento compensatório das ramificações, reconhecendo acertos e erros. Compensação se aprende e se desenvolve na justa medida de um olhar consciente sobre os paradoxos das experiências humanas. Tensão é um caminho fértil disfarçado por dor e sacrifício. Mais adiante, você percebe nesta relação o delírio, e mais adiante ainda, constrói um caminho próprio sem ter que destruir nada que já não esteja em ruínas.

Ufa! Escrever é um bálsamo. Eu recomendo!

No mais valeu Cosmo! Tirando as pendências que nós acertamos com o tempo, transformaste um ano tenebroso em compreensão. Onde ainda há neblina suficiente para se suspeitar dos benefícios já recolhidos. Mas como ex-míope de nascença aprendi a enxergar no quase escuro. Vejo por entre a neblina, brilho aqui e ali, reflexo de alguma coisa que ainda não sei o que é. Ele está em toda parte. Nem confusa, nem excessivamente curiosa, vou deixar a neblina se esvair. Não tem pressa hoje que me abale, corrompa ou exalte. Se antes me irritava ser duplamente ariana com marte residente em sagitário, hoje muito agradeço essa exuberância de entusiamo pelo devido conhecimento. E se é devido, por que sair do prumo?

As citações astrológicas se devem, ao incitar promovido pela abertura do curso de astrologia: Diferenças que unem – a arte de se relacionar, da Claudia Lisboa . Conheço astrologia desde garota e foi muiiito bom reaver a disciplina através de uma natureza tão sensivelmente banhada por sua arte (= techné=hefestos=prática=magia).

REGULAMENTO : Internet tem Alma?

abril 20, 2009

Você deve conhecer alguém que nunca usou internet, mas fala dela como se fosse íntimo. Caso contrário, você conhece alguém que nunca usou internet.

Participe da 1ª WebArte Colaborativa do Globalaio, produzindo uma gravação de voz ou texto, questionando ao entrevistado acima descrito :


Internet tem Alma?

e / ou

O que é Internet?

1 – QUANTO AO TEXTO:

Envie o texto nas seguintes especificações :

A – A(s) resposta(s) não pode(m) ultrapassar 1 página A4(21×29,7) e deve(m) estar formatada(s) com tipologia arial 12, entrelinha 1.

B – Envie o texto no corpo do seu email, ou em anexo ao email nos formatos: .doc ou pdf.

2 – QUANTO A GRAVAÇÃO:

Envie o arquivo nas seguintes especificações :

A – Será aceito apenas (1) um arquivo de som de até 600 k por pessoa. (independente se contém uma ou duas respostas).

B – Somente arquivos em MP3.

3 – As inscrições estarão abertas até o dia: 30 de Agosto de 2009.

4 – Selecionaremos para participar da composição da WebArte : ‘Internet tem Alma?’, até 10 propostas ou um máximo de 20 respostas. As mais espirituosas!

 

5 – Arquivos que ignorem as intruções deste regulamento não poderão participar.

6 – Envie o arquivo de Som ou Texto para o email >> colabore@globalaio.com

7 – O presente concurso está aberto à colaboração de qualquer pessoa de qualquer nacionalidade que compreenda e trabalhe de acordo com a regulamentação presente.

8 – As entrevistas devem ser produzidas em Português.

9 – Se quiser ser incluido na ficha técnica do multimídia, envie seu nome, cidade e endereço de email postados com o arquivo de som anexado para o email acima citado. Caso quiser permanecer anônimo, não há problema, a opção é sua.

10 – O Globalaio tem o desejo de editar um livro sobre a presente iniciativa no caso das colaborações serem satisfatórias e havendo condições para tanto. Funcionaria como uma espécie de antologia, assegurando aos participantes um significativo desconto na aquisição de um determinado número de exemplares. Portanto, somente envie material quem desejar participar da presente iniciativa como colaborador da mesma. Sendo resguardado à idealizadora do projeto, o direito autoral do mesmo.

Será a 1ª. WebArte do site com a colaboração externa. Você manda a ‘fala’ e nós trabalharemos baseados no material colhido. A produção final será exposta em data a ser anunciada neste blog, no canal do site Globalaio: Terra Virtual.

A WebArte Colaborativa é uma iniciativa do site Globalaio, realização AndreaHa San. Participe e Acompanhe o desenvolvimento desta proposta no canal, Terra Virtual: http://www.globalaio.com/terra_virtual.html

 

Leituras

abril 16, 2009
transi_olho_boca

 Infelizmente, esta semana está bem pesada de trabalho por aqui. Gostaria, necessitava, aliás, desejava produzir expressões plásticas baseadas nos textos indicados no último encontro. A inspiração é tanta que anda rondando meus sonhos, produzindo atos involuntários, creio, na ausência de maior auto-compreensão. A isso eu chamo de ‘aborto criativo’, por que dói, viu! 

O negócio é manter as rédeas nas mãos da maior consciência e não fazer da pseudo-ausência de tempo um hábito. Afinal de contas, óbvia está a gênese da maluquice.

O que fazer quando os sentimentos não encontram espaço de realização? Análise provavelmente.. Talvez eu elabore a partir disso um recorte, se puder incluir aí a expressão plástica. Não! Não se anime cara professora Euchares eu não tenho ainda um recorte,  embora sinto que está por vir ; ) . Sou todos os ouvidos e sentidos nesta 6a, amanhã, na direção dos colegas..

De certo muitos como eu estão fartos em priorizar a razão, a sobrevivência, em detrimento do sentimento e da espontânea e portanto autêntica expressão.

Sobrevivência?! Do que se trata ?

De duas uma, experimenta-se observar quem leva a morte de fato: a ausência de alimento convencional ou a ausência de alimento poético.. É provável que morrer de fome seja mais rápido e portanto menos traumático do que morrer de pobreza de espírito. Uma morte que se alastra em plena consciência é muito mais dolorosa, vai minando parte a parte da constituição do ser, retraindo, depredando, consumando a ausência de quem se observa, paulatinamente, deixando de ser.

Questão de Necessidade ou questão de Desejo.

Tendo em vista o buraco existencial que venho mal alimentando, – buraco é economia de espaço, jaz aqui uma cratera fumegante! – acho que estou bem nutrida pela vontade, pronta para exprimir, ainda que a ilusão da inexistência de tempo persista nessa agonia que pode ser a compreensão que produzimos quanto ao viéis das condições sociais.

Pra aliviar a inspiradora teorização em massa, já que não está dando ainda pra responder plasticamente como eu desejava, vou postar aqui frames de videos que produzi da trilogia : Internet tem Alma. 

Acredito que as imagens possam ilustrar parte dos textos indicados e citados abaixo.

 

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‘Aculturação e Aculturação’ de Pasolini – Se comparado ao Magia e Técnica, Arte e Política no capítulo: Experiência e pobreza de W. Benjamim e ao Segredo da Flor de Ouro que comecei a ler também,- Pasolini me deixa um sentimento de déjà vu = passado, especialmente quanto a mentalidade das disposições antagônicas. Embora pareça super adequado aos nossos tempos e realmente o seja em certo sentido, a questão do hedonismo de massa para a qual a televisão contribui enormemente me parece própria ao contexto existencial de Pasolini e de qualquer outro que se veja como injustiçado. O que me incomoda é a noção de que as coisas nos são impostas, como afirma Pasolini. Como se não tivéssemos qualquer responsabilidade e orientação perante a Vida.

Não creio ser a falta de cultura ou a ignorância o que nos leva a assistir televisão e a segui-la como se seita fosse. Penso que tal conduta excessiva demonstra um profundo vazio, uma profunda carência do indivíduo. Não menciono quem assiste tv por poucas horas ou dia sim dia não, mas o consumidor compulsivo.

Acho que a falta de aproximação entre os homens, a filosofia separatista do preconceito, a alma preponderante do negócio, do pragmatismo e da economia do dinheiro serve ‘de bandeja’ ao empobrecimento dos valores humanos. Compreensão esta levada adiante por empreendimento da sociedade, ainda que seja ideologia associada ao Poder. O que quero dizer é, quem constitui valores somos sempre nós – substâncias nas formas que condicionamos.

Pode parecer piegas, mas o que eu acredito faltar no mundo é: amor, compaixão, fraternidade e fundamentalmente, tratando-se de Sociedade, uma educação que prime em instaurar o desejo de compreensão entre os homens. Quando, e se isso existisse em massa a ignorância intelectual não faria sentido ou simplesmente não teria o peso que tem hoje. A televisão ganharia outro sentido, provavelmente o de ‘salvadora global’, enquanto o mérito mais uma vez seria do homem.

A razão de um mundo constituído pela selvageria do consumo disseminado pela tv seria suplantada pela realidade dos sentimentos, bem maior do que qualquer tesouro.

Embora pareça abstrato o sentimento nos é inerente. Já as condições sociais, estas sim não passam de abstrações assumidas como realidade, ideologias..

Razão social então me parece piada institucional. Imagina se para todo movimento que façamos, fora do âmbito institucional, tivermos que passar pelas leis de incentivo, burocracias, orientações empresariais? ‘Permitam-me fazer arte?’Como quem pede pra respirar, correr, ir e vir!?  Bom, isso tudo é bem pessoal, não tenho competência empresarial e já perdi muita energia entorno da órbita empresarial. Prefiro promover ações diretas, embora pequenas, são da essência à prática livres de condições.. Assim asseguro à  razão conexão direta com o coração.

‘Experiência e Pobreza’ do W. Benjamin, que adoro! e mais um txt que não veio com a autoria, mas aponta ter se apropriado das ideias de Benjamin e fala a todo tempo da constituição do olhar. Muito interessante, aprofunda ideias que me pareciam óbvias. E fortificam no espírito noções espirituais apreendidas com a sabedoria oriental – sem a extrapolação da descaracterização mimética. No meu aprendizado o oriente veio pra somar completando o que existe em mim, é um casamento do tipo ‘quebra-cabeça’, jamais a destituição de uma filosofia pela outra. O que seria perdição da pior espécie, e creio a isto se raporta Benjamin, como barbárie.

O preconceito constitui-se por tradições, opiniões (opiniões públicas), um relaxamento do raciocinar. Não se pode desta maneira estar em contato com a dinâmica da Vida, por que se preferiu ficar inerte sob um mesmo ponto. Afinal é preciso estar atento para observar em meio ao caos em que se vive no ocidente, especialmente, as transformações ainda minúsculas que ocorrem quando tudo parece igual. Mas igual aqui nesse mundo nem a concepção de clone humano me parece possível, mediante relações contextuais.

Comecei a ler O Segredo da Flor de Ouro do Jung e do Wilhelm, pequenininho mas poderoso! Pena não deu para devorar por conta das inúmeras tarefas. No sábado tem banquete! Um livro para aprofundar o citado capítulo do livro de Benjamin. Quando Jung analisa o comportamento oriental e ocidental – o que parece apropriado à uma mentalidade e à outra. O oriente questionado pela mentalidade ocidental, como mentalidade estrangeira, e por que não dizer, complementar (numa ousadia imprudente, diante do pouco que li).

Mas a realidade histórica aponta as inúmeras constatações acerca da Natureza através da sabedoria oriental que difere da ciência ocidental (a grosso modo menciono a noção de uma outra forma de pensar ou utilizar a mente) mas forjou inúmeras práticas como a milenar medicina chinesa, a ioga, ou a meditação, reconhecidas hoje pelos inegáveis benefícios ao homem. Com a constatação científica dos benefícios das práticas orientais, a nossa ciência dá seus primeiros passos na direção de um saber, quem sabe inclusivo, quem sabe um saber que integre a totalidade do potencial humano.

Há 12 anos pratico meditação e só ganhei com a prática prolongada durante todos estes anos. Experimentei algumas técnicas e hoje utilizo 3 orientações por iniciativa própria – obedecendo minhas necessidades que reconheço com facilidade, hoje em dia, através desta maravilhosa prática associada ao meu contexto ocidental.

Penso que a Ciência e a Meditação são disciplinas muito próximas no que concerne ao Observador e sua atuação. A observação portanto, faz parte de ambas, a metodologia difere em fundamento, mas no final das contas e em sentidos opostos, parecem se encontrar numa mesma resposta.

Tô viajando né.. Tanta coisa que tá pulando na cabeça e também uma necessidade de ouvir outros ângulos, pra não enraizar convicções. Ao ouvir simplesmente, sem pretensões nem palavras na lingua, com a cabeça livre de raciocínios, dispõem-se o espírito por novas consciências. Uma delícia pensar diferente e não se exaurir em si mesmo.

Até amanhã..

Referência imagens:  frames da trilogia: Internet tem Alma? – Poena Vianna, atriz e parceira do projeto Globalaio. Maiores detalhes na página principal, em Parcerias.